Minas retardam chegada de tropas ao local onde caiu 'mãe de todas as bombas'

No terreno montanhoso onde foi lançado o projétil, de dez toneladas e um dos de maior poder do arsenal convencional americano, foram localizados até o momento cinco túneis utilizados pelo E

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KABUL - Um terreno infestado de minas antipessoais atrasa a chegada das tropas afegãs e americanas à "zona zero", onde há uma semana os Estados Unidos lançaram o projétil GBU-43, apelidado de "mãe de todas as bombas", contra uma base do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no leste do Afeganistão.

Sequência de frames do vídeo divulgado pelo Pentágono mostra o momento do impacto, a onda de choque e a coluna de fumaça formada pela explosão da 'mão de todas as bombas' no Afeganistão Foto: U.S. Department of Defense/Handout via REUTERS

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"Estamos lentamente, de maneira gradual, nos aproximando da zona zero (...) onde a bomba foi lançada", revelou nesta quinta-feira, 20,à agência EFE um dos porta-vozes do Ministério afegão de Defesa, Dawlat Waziri, quando se completa uma semana do ataque no qual morreram pelo menos 96 jihadistas e "mais de 90 ficaram feridos".

Segundo explicou à agência EFE outro porta-voz do Ministério de Defesa, Muhammad Radmanish, o principal desafio para continuar avançando até o ponto onde foi lançada a GBU-43 no distrito de Achin, na Província de Nangarhar, é que há minas antipessoais disseminadas mais ou menos "a cada poucos centímetros".

"Nossas tropas descobrem e desativam diariamente centenas de minas terrestres e o processo ainda continua. É possível que consigamos limpar a área de minas", disse Radmanish, que acrescentou que embora ocorram tiroteios esporádicos, a área se encontra sob controle.

No terreno montanhoso onde foi lançado o projétil, de dez toneladas e um dos de maior poder do arsenal convencional americano, foram localizados até o momento cinco túneis utilizados pelo EI, três deles construídos na época da invasão e ocupação soviética do país (1979-1989) e os outros dois novos, anotou Waziri.

"Os cinco túneis foram destruídos", concluiu.

Este ataque ocorreu depois que o governo afegão afirmou que o número de insurgentes do EI no país é inferior a 400 e no ano passado matou cerca de 2,5 mil membros do grupo, o que reduziu sua presença a somente 2 das 34 províncias afegãs. / EFE

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