24 de agosto de 2010 | 11h08
A senadora Isabel Allende, da região do Atacama, onde fica a mina, explicou ao El Mercurio que os mineiros sobreviveram nesses 19 dias com uma dieta de "duas colheres de atum e meio copo de leite a cada 48 horas". A parlamentar contou que conseguiu ler a ficha médica preenchida por um dos mineiros, levada à superfície por uma sonda. As primeiras palavras dos mineiros na segunda-feira, no primeiro contato com o mundo exterior, foram: "Estamos bem, esperando que nos resgatem."
O chefe das operações, André Sougarret, explicou que haverá três sondas que chegarão até os trabalhadores, enquanto o resgate não ocorre. A primeira levará os alimentos, a segunda será usada para a comunicação e a terceira, para melhorar a ventilação, explicou Sougarret, segundo o jornal.
A expectativa é que os 33 homens fiquem presos alguns meses, enquanto as autoridades preparam as condições para o resgate, previsto para ocorrer apenas perto do Natal. Eles estão em um refúgio de emergência a 688 metros de profundidade e o contato com o mundo exterior foi estabelecido através de um pequeno buraco aberto pela perfuração.
Familiares
A mina em que o grupo está preso fica perto de Copiapó, cidade no norte do país. Nesta terça-feira, os mineiros devem receber mensagens de seus familiares, informou o site do jornal chileno. "Força, não deixem de lutar", pedia uma das mensagens.
Um dos 33 mineiros soterrados é Franklin Lobos, que no passado chegou a jogar pela seleção chilena de futebol. Carolina, filha de Lobos, diz que preparou com os primos uma carta longa, pois o pai terá todo o tempo do mundo para lê-la. "Queríamos te mandar uma bola, mas não cabe no buraco", brinca o texto. "Meus primos te agradecem porque por você conheceram muitas moças bonitas da televisão."
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