PUBLICIDADE

Ministério da Justiça do Egito nomeia 31 juízas e cria polêmica

Magistradas ocuparão seus cargos em tribunais de família e civis, segundo medida

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério da Justiça do Egito deu um passo histórico ao nomear 31 juízas, abrindo o acesso das mulheres ao sistema judiciário do país, informou nesta quinta-feira, 15, a imprensa egípcia. As novas magistradas foram escolhidas entre mais de 120 candidatas. Elas ocuparão seus cargos em tribunais de família e civis. A pioneira Tahani al-Jabali foi nomeada há cinco anos para o Tribunal Constitucional. Mas seu caso foi simbólico, porque ela nunca chegou a exercer suas funções. O chefe do Conselho judicial, Muqbel Shaker, declarou que a medida é uma "primeira experiência para ver como as mulheres desempenham o cargo". A medida foi criticada imediatamente por altos magistrados. Para eles, a nomeação de mulheres como juízas viola a lei islâmica. Membros da oposição e jornais independentes denunciaram nepotismo já que 20 das 31 magistradas seriam filhas de juízes e conselheiros. Ahmed Makki, vice-presidente do tribunal de cassação egípcio, a maior instância judicial civil do país, declarou que a medida "foi tomada sob pressão ocidental".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.