Ministério de Defesa do Equador descarta possibilidade de golpe

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Por Efe , AFP e Quito
Atualização:

O vice-ministro de Defesa do Equador, Miguel Carvajal, admitiu ontem haver tensão entre os militares por causa da denúncia do presidente Rafael Correa de que a CIA teria se infiltrado nos serviços de inteligência equatorianos, mas descartou a possibilidade de um golpe. ''Não acho que exista risco de que setores das Forças Armadas atentem contra a legalidade e a constitucionalidade'', disse Carvajal à TV equatoriana Canal Uno. Na quarta-feira, Correa destituiu o ministro de Defesa, Wellington Sandoval, e o chefe da polícia, general Bolívar Cisneros, após denunciar a infiltração da CIA. Em seguida, três membros da cúpula militar do país pediram afastamento: o chefe das Forças Armadas e os comandantes da Força Aérea e do Exército. Ontem, Correa reestruturou a cúpula das forças de segurança e advertiu que não admitirá que ela ''responda'' a outros países. ''Formaremos uma comissão civil e militar para investigar as conexões ilegítimas com agências estrangeiras'', afirmou Correa. Segundo o presidente equatoriano, foi a infiltração da CIA nos serviços secretos do país que permitiu a Bogotá obter informações sobre o que acontecia no Equador após o ataque contra o acampamento da guerrilha Farc, em 1º de março. No computador do líder guerrilheiro Raúl Reyes, morto nesse ataque, um integrante das Farc dizia ter sido informado sobre as conexões de autoridades equatorianas com a CIA, segundo Bogotá.

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