CAIRO - O Ministério do Interior sírio negou nesta terça-feira, 17, a existência de uma vala comum na localidade meridional de Deraa, epicentro dos protestos na Síria, como denunciou ontem uma organização opositora.
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Em uma nota urgente na televisão estatal síria, o ministério afirmou que "as informações sobre a vala comum são falsas e acontecem em meio a uma campanha de incitação".
A Organização Nacional para os Direitos Humanos na Síria denunciou ontem em comunicado a descoberta de uma vala comum em Deraa, com um número não determinado de corpos.
Além disso, a organização indicou que as autoridades cercaram o lugar e proibiram a entrega dos restos mortais aos familiares.
Por sua parte, a rede opositora Sham postou nesta terça-feira em sua página no Facebook dois vídeos com supostas imagens da vala comum em Deraa onde aparecia o cadáver de uma pessoa, cuja autenticidade não pôde ser verificada.
A rede "Al-Jazira" informou hoje na página de sua versão em inglês que, segundo testemunhas, foram encontrados pelo menos 20 corpos na fossa, dos quais vários pertenciam a uma mesma família, e que 13 deles já haviam sido retirados do local.
A repressão dos protestos políticos, que começaram em meados de março, causou até hoje a morte de 766 civis e 125 militares e policiais, segundo a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
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