A Universidade de Dusseldorf, na Alemanha, anunciou que a ministra da Educação do país, Annette Schavan, terá de devolver seu título de doutorado após ser acusada de plágio. Schavan contesta as acusações feitas pela universidade e disse que irá apelar da decisão. Ela também disse que não pretende renunciar. A decisão da universidade foi tomada após a votação de um colegiado da Faculdade de Filosofia, que concluiu haver plágio. Foram 12 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Quando as acusações vieram a publico, há alguns meses, a ministra da Educação negou ter usado fontes faltas deliberadamente. O comitê instaurado pela universidade, no entanto, concluiu que Schavan usou "um número substancial de citações sem crédito de outros textos". Segundo plágio Não é a primeira vez que um ministro do governo da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel é acusado de plágio. Em 2011, o então ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, renunciou ao cargo após a Universidade de Bayreuth concluir que ele havia cometido plágio em partes de sua tese de doutorado. No caso da ministra da Educação, as renúncias vieram à tona após denúncias feitas por um blog. Schavan, de 57 anos, foi surpreendida pela decisão da Universidade de Dusseldorf durante uma viagem de trabalho à África do Sul. A ministra é considerada uma amiga próxima da chanceler Angela Merkel. O caso pode trazer complicações à campanha eleitoral do partido de Merkel, a União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão). Merkel tentará ser reconduzida ao poder nas eleições parlamentares marcadas para entre setembro e outubro deste ano. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.