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Ministro assasinado era membro da dinastia cristã do Líbano

Gemayel era considerado parte da ultra-direita católica e pró-européia do país

Por Agencia Estado
Atualização:

Pierre Gemayel, ministro de Indústria libanês que foi assassinado nesta terça-feira, é filho e sobrinho de ex-presidentes libaneses, pertencente às dinastias políticas cristãs do Líbano. Gemayel, de 35 anos, estudou Direito e tinha dois filhos. Pertencia ao partido Kataeb, fundado por seu avô, e se elegeu deputado em junho. Pierre Gemayel era filho de Amin Gemayel, presidente do país entre 1982 e 1988, data após a qual viajou aos Estados Unidos e França, antes de voltar ao Líbano em 2000. Amin Gemayel era considerado um dos mais moderados dentro do clã Gemayel, uma das famílias mais poderosas entre os cristãos libaneses. O perfil mais radical era representado pelo tio de Pierre, Bachir Gemayel, também eleito presidente pelo Parlamento de seu país, embora nunca tenha chegado a ocupar o posto. Nove dias antes de assumir o cargo, Bachir foi assassinado em um atentado, sendo substituído por seu irmão Amin. Ao contrário de Amin, Bachir Gemayel era considerado um dos mais radicais entre os cristãos libaneses, freqüentemente acusado de ter colaborado com a ocupação israelense do país. O avô do ministro assassinado, também chamado Pierre Gemayel, foi o fundador das Falanges Libanesas, o grupo político mais ativo e radical entre os cristãos do país. Gemayel era considerado parte da ultra-direita cristã e pró-européia do Líbano, em oposição à esquerda nasserista e pró-árabe do país. No entanto, durante toda sua vida política, mudou com freqüência de alianças, muito na linha da vida política libanesa.

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