
11 de dezembro de 2007 | 16h51
Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 11, o ministro do Interior da Argélia, Yazid Zerhouni, acusou terroristas da Al-Qaeda no Magreb (também conhecido como Grupo Salafista para a Pregação e o Combate) pelo duplo atentado que deixou pelo menos 20 mortos na capital do país. Veja também:Duplo atentado na Argélia mata 67; ONU seria um dos alvos "Baseando-se nas informações coletadas junto a membros do GSPC presos pelos serviços de segurança (...), os edifícios públicos, como as sedes do Conselho Constitucional e da ONU, são parte dos objetivos desta organização", explicou Zerhouni. Apesar das declarações do ministro, nenhum grupo assumiu o atentado até o momento. Ainda durante a coletiva, Zerhouni também apresentou os números oficiais de mortos e feridos no ataque. De acordo com o ministro, 22 pessoas morreram e 177 ficaram feridos. As cifras contrastam com as informações adiantadas à imprensa por fontes médicas argelinas, que falavam em mais de 60 mortos e dezenas de feridos. "O balanço é provisório até que as operações de busca e identificação sejam concluídas", precisou Zerhouni, que afirmou que até o momento nenhum empregado do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) estão entre as mortos. Mais cedo, fontes da ONU haviam informado a morte de ao menos dez funcionários da agência - uma cifra que a sede da ONU em Nova York reduziu para quatro. Série de ataques Os dois carros bomba explodiram em diferentes pontos da capital, com poucos minutos de diferença. O primeiro teve como alvo as sedes do Tribunal Supremo e do Conselho Constitucional, situadas no bairro residencial de El-Biar. Segundo testemunhas, ao menos 15 estudantes que estavam dentro de um ônibus no local escolar morreram. Já para o ministro Zerhouni, dez pessoas morreram nesse ataque - ao menos três seria estrangeiros de origem asiática. Já o segundo carro-bomba explodiu em frente à sede Acnur, no bairro de Hydra. De acordo com um porta-voz do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo menos dez funcionários da ONU estão entre os mortos. "O que nos disseram é que há dez mortos que eram funcionários internacionais, mas não sei se trabalhavam no Pnud ou no Acnur", disse à Efe Jean Fabre, porta-voz do Pnud. Segundo o ministro argelino, no entanto, 12 pessoas morreram neste ataque, entre policiais e transeuntes - nenhum, no entanto, seria funcionário da ONU.
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