PARIS - O ministro da Justiça da França, Jean-Jacques Urvoas, afirmou nesta terça-feira, 19, que todos os mortos no atentado ocorrido em Nice, na Riviera Francesa, na quinta-feira, foram identificados, o que permitirá entregar os 84 corpos aos parentes.
Pouco antes, a ministra da Saúde, Marisol Touraine, havia afirmado que 19 das 70 pessoas que ainda estão internadas se encontram em estado crítico.
Urvoas afirmou que "a investigação progride a cada minuto" e, embora esteja evitando dar muitos detalhes, disse que um dos pontos que se tenta esclarecer é como o autor do massacre, Mohamed Lahouaiej Bouhlel, pegou a pistola com a qual disparou contra a polícia antes de ser morto.
Além do atentado em Nice, o ministro da Justiça afirmou que a polícia e a Justiça trabalham de forma contínua, e disse que "a atividade é diária" contra as ameaças terroristas. Desde o início do ano, foram frustrados 14 atentados e 285 pessoas foram acusadas por envolvimento em redes de envio de combatentes à Síria.
Prisão. A polícia da França prendeu na madrugada de segunda-feira um homem que estava fichado pelos serviços secretos por radicalização islâmica, e encontrou explosivos em seu domicílio e uma foto em seu celular da bandeira do Estado Islâmico (EI), revelou a emissora Europe 1.
Questionado em uma entrevista pela prisão do homem de 23 anos, que trabalhava com veículos de turismo como chofer (VTC), Urvoas se negou a dar detalhes por considerar que não lhe compete interferir na investigação.
Na casa do suspeito, na cidade de Boissy-Saint-Léger, no leste de Paris, foram encontrados duas bananas de dinamite, cabos e detonadores. Elementos que estavam armazenados em condições perigosas, especialmente por conta do forte calor que fez nos últimos dias na região.
Policiais estavam atrás do homem pois pensavam tratar-se de um ladrão que se aproveitava da informação dos clientes que transportava para o aeroporto e roubava suas casas.
No entanto, as investigações mudaram de direção quando foi encontrada a bandeira do EI em seu celular, explosivos em sua casa e uma carteira de identidade roubada na quinta-feira. /EFE
Veja abaixo: Estado Islâmico reivindica ataque em Nice