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Ministro da Justiça palestino renuncia

Por Agencia Estado
Atualização:

A grave crise no governo palestino por conta dos planos do primeiro-ministro Ahmed Qureia de promover reformas - bloqueadas pelo presidente da Autoridade Palestina (AP), Yasser Arafat - provocou hoje a renúncia do ministro da Justiça, Nahed Arreyes. O ministro do Planejamento, Nabil Qassis, também deixou o cargo, mas alegou não se tratar de um ato de protesto. Ele disse que deixava o gabinete para ser o reitor da Universidade de Bir Zeit, a maior da Cisjordânia. Ao anunciar sua saída, Arreyes se queixou indiretamente da recusa de Arafat de ceder poderes e reformular a administração. Ele não mencionou o nome de Arafat, mas disse que deixava o ministério porque poderes importantes haviam sido retirados dele. Meses atrás, Arafat criou um órgão rival a seu ministério e, desse modo, continuou a controlar o Judiciário. "A promotoria deveria estar sob o controle do Ministério da Justiça, de acordo com a lei", disse Arreyes, afirmando não ter mais autoridade sobre os promotores. No mês passado, Qureia chegou a anunciar sua renúncia, depois que uma onda de seqüestros na Faixa de Gaza expôs o caos nas forças de segurança palestinas. Arafat se recusa a reformar essas forças por temer perder o controle sobre elas. O anúncio de Qureia abriu uma grave crise política, levando Arafat a concordar em ceder poderes para que ele aceitasse permanecer no cargo. Em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, soldados israelenses mataram hoje o palestino Ahmed al-Qaiq, de 15 anos, disseram médicos do hospital local. Os militares israelenses alegaram que atiraram porque ele se aproximou de uma colônia judaica. Em Israel, o ministro da Segurança, Sahi Hanegbi, defendeu a detenção de extremistas israelenses por causa de evidências de que eles planejam atacar líderes do país ou locais sagrados muçulmanos e judaicos.

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