SANTIAGO - O ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, renunciou neste sábado, 13, em plena crise do novo coronavírus, após uma semana de polêmicas em torno dos números de casos da pandemia e de críticas ao ministério por demorar em recomendar medidas contra a pandemia, como o isolamento social e o lockdown. O país registra quase 3 mil mortos pela covid-19.
"Agradeço o compromisso e a entrega de Jaime Mañalich", afirmou o presidente Sebastián Piñera sobre o ministro que era muito próximo dele e estava há um ano no cargo.
A partir de agora, o ex-presidente da Faculdade de Medicina Enrique Paris assume o cargo no ministério.
Na sexta-feira 12, o Chile registrou os piores números diários da pandemia, com 6.754 novas infecções em 24 horas e 222 mortes, totalizando 2.870 mortes, informaram as autoridades locais.
No momento em que o país sul-americano ultrapassou os 100 dias desde que o primeiro caso foi registrado em março, as autoridades relataram um máximo diário duplo, tanto no número de novas infecções - no total de 160.846 - quanto no número de mortos registrados no Registro Civil, de acordo com a nova modalidade de contagem adotada nesta semana.
Os contágios no Chile começaram a aumentar rapidamente no início de maio e não desaceleraram, apesar de Santiago cumprir quatro semanas sob quarentena obrigatória.
Desde sexta, as cidades de Valparaíso e Viña del Mar, cerca de 150 km a oeste da capital chilena, juntamente com outras cidades rurais próximas, também estão em quarentena, deixando quase metade dos 18 milhões de habitantes do Chile sob confinamento total. / AFP