Ministro da Unificação sul-coreano renuncia

Este é o segundo ministro que cai devido à crise nuclear norte-coreana

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Por Agencia Estado
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O ministro da Unificação sul-coreano, Lee Jong-seok, apresentou nesta terça-feira ao presidente Roh Moo-hyun o seu pedido de demissão devido às críticas que sua gestão vem recebendo desde que a Coréia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear. "Devido ao teste nuclear da Coréia do Norte, peço desculpas ao povo e ao presidente", Lee teria dito a repórteres nesta terça. "Não creio que cometi um grande erro ao lidar com a política norte-coreana", afirmou Lee, um grande entusiasta da reconciliação entre as duas Coréias. "Na ocasião do teste nuclear (norte-coreano), pensei que uma pessoa mais capaz poderia fazer esse trabalho (em meu lugar)", completou. Lee, que até então era o principal auxiliar de assuntos de segurança do presidente, foi nomeado ministro da Unificação em janeiro e assumiu o cargo um mês depois. Ele é um respeitado especialista sobre a Coréia do Norte e é considerado o criador da política presidencial para assuntos norte-coreanos. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, as renúncias podem fazer parte de uma ampla reestruturação do Executivo ligada à nova situação de tensão. Uma fonte da Casa Presidencial sul-coreana informou que o presidente Roh também está preparando uma remodelação do governo devido à saída do atual ministro de Relações Exteriores, Ban Ki-moon, recém-eleito secretário-geral da ONU, que assumirá o cargo dia 1º de janeiro. O ministro da Unificação representa o governo de Seul nas conversações ministeriais com a Coréia do Norte. Tais contatos são os maiores canais de diálogo entre as duas Coréias. Essas reuniões ocorrem diversas vezes ao ano e têm como objetivo discutir medidas para incentivar as relações e diminuir as tensões entre os dois Estados. Mas as conversações estão suspensas desde julho, após o lado comunista ter feito uma série de testes com mísseis. Lee é o segundo ministro a cair em meio à crise aberta no governo de Seul pelo teste atômico norte-coreano de 9 de outubro. Ainda nesta terça-feira, o ministro da defesa, Yoon Kwang-ung, havia renunciado. Matéria ampliada às 0h18 de 25/10

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