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Ministro de Israel descreve novo plano para palestinos

Projeto de construção de Estado palestino teria, pelo menos, três estágios

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Defesa de Israel, Amir Peretz, apresentou nesta segunda-feira um novo plano de paz sob a promessa de abreviar o processo de formação de um Estado palestino e de dar mais tempo ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, para desarmar os grupos militantes. Peretz, que enfrenta baixos níveis de popularidade desde a criticada guerra no Líbano, afirmou, em um encontro com líderes políticos realizado perto de Tel Aviv, que o Partido Trabalhista (ao qual pertence) aprovaria neste mês um plano de três estágios a ser submetido ao gabinete de governo de Israel. "Precisamos colocar em andamento um novo processo porque a paralisia é prejudicial para nós", afirmou o ministro, que ofereceu mais detalhes sobre seu plano. A proposta fala em um prazo de no mínimo 30 meses para realizar negociações capazes de criar um Estado palestino que teria fronteiras temporárias e que conviveria em paz com Israel. Peretz, a partir de um plano revelado a seu partido no dia 8 de janeiro, sugeriu deixar em suspenso a exigência, feita na proposta de paz conhecida como "mapa do caminho", de que os palestinos desarmassem os militantes como condição para iniciar negociações. O ministro sugeriu que as negociações sejam iniciadas junto com esforços para desmantelar os grupos militantes. A manobra daria a Abbas, um político moderado, mais tempo para consolidar suas forças de segurança. Os EUA pretendem injetar mais de 86 milhões de dólares nesses esforços. O plano de Peretz prevê três estágios de negociação. Segundo o ministro, o primeiro, a durar seis meses, incluiria a adoção de medidas para alimentar a confiança mútua, entre as quais a ampliação de um cessar-fogo selado há quase dois meses na Faixa de Gaza e a libertação de um soldado israelense capturado por militantes em junho e que seria trocado por prisioneiros palestinos. Durante essa fase inicial, Israel desmantelaria os postos avançados e não autorizados de assentamentos judaicos construídos, a partir de março de 2001, na Cisjordânia ocupada.

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