Ministro de Israel é acusado de abuso sexual

Silvan Shalom é o provável candidato à presidência pelo Likud

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Por Redação
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JERUSALÉM - A polícia questionou nesta terça-feira, 25, um ministro do governo israelense e provável candidato presidencial sobre alegações de que ele cometeu um crime sexual contra uma ex-assessora há 15 anos - uma acusação que pode não se sustentar no tribunal, mas que poderia inviabilizar qualquer esperança para a candidatura.

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As alegações contra Silvan Shalom ameaçam destruir a carreira de um dos mais conhecidos políticos de Israel e ecoam um caso que mandou um ex-presidente, Moshe Katsav, para a prisão após ser condenado por estupro.

As alegações foram feitas nos últimos dias por uma mulher que diz ser um ex-secretária no escritório de Shalom, enquanto ele era ministro da Ciência e Tecnologia. Ela disse que ele a convidou para seu quarto do hotel, onde ele estava deitado em uma cama com uma túnica branca e pediu-lhe para se sentar ao lado dele. Ela disse à estação de rádio do Exército que se sentiu coagida a realizar um ato sexual em Shalom.

"Eu estava com medo, muito medo. Lembro-me da sensação de que era tão desagradável, tão desconfortável, que eu não sabia o que deveria fazer", ela disse à emissora. Sua voz foi abafada na tentativa de esconder sua identidade.

Shalom, 55 anos, negou veementemente as acusações, e seu porta-voz, Barak Seri, disse que ele respondeu "todas as perguntas" quando sondado pela polícia por quase duas horas na terça-feira.

Os observadores e defensores disseram que o momento da alegação é suspeito, com a intensificação da corrida para a presidência. Shalom não declarou formalmente sua candidatura, mas espera-se que ele concorra ao cargo, que deve ser escolhido por uma votação parlamentar nos próximos meses.

Shalom, membro do Partido Likud, serve atualmente como o ministro da Energia e Recursos Hídricos. Em uma carreira política que remonta a quase duas décadas, ocupou uma série de altos cargos, incluindo o ministro das Finanças, ministro das Relações Exteriores e vice-premiê. / AP

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