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Ministro diz que número de mortes na Argélia pode subir

Por Leticia Pakulski
Atualização:

O ministro das Comunicações da Argélia, Mohamed Said, disse neste domingo que o número de mortos após o confronto que pôs fim à invasão de um campo de gás no país ainda pode crescer. Números preliminares indicam que 23 reféns morreram. "Temo que a contagem possa ser revisada para cima", afirmou Said à emissora de rádio pública Channel 3. Diversos países indicaram que tinham cidadãos desaparecidos depois que o cerco ao complexo terminou em um banho de sangue no sábado. Os argelinos ainda não deram detalhes sobre quem eram os estrangeiros mortos, deixando isso a cargo dos países de origem de cada um.Na manhã deste domingo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, confirmou que três britânicos morreram no cerco. Acredita-se que outros três, além de um residente do Reino Unido, estejam mortos, mas ainda não há confirmação.O Japão informou que 10 cidadãos ainda estão desaparecidos. Cinco noruegueses e dois malaios também não haviam sido localizados até às 9 horas da manhã deste domingo (de Brasília).O governo das Filipinas informou que contabilizou 52 cidadãos no caso, mas disse não saber se algum filipino estava entre os mortos. Dos 52 contabilizados, 39 chegariam à capital, Manila, neste domingo. As autoridades não confirmaram quantos filipinos estavam trabalhando na fábrica. Segundo fontes oficiais, pelo menos um argelino foi morto. O cerco ao campo de gás In Amenas terminou no sábado, quando forças especiais argelinas invadiram a instalação no deserto do Saara. Militantes islâmicos haviam atacado o complexo na última quarta-feira. Na quinta, a maioria dos reféns foi libertada, quando a Argélia lançou uma primeira operação de resgate.Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, François Hollande, atribuíram a responsabilidade pelas mortes a "terroristas" islâmicos. As informações são da Dow Jones.

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