
28 de abril de 2013 | 11h00
"Nós esperamos que aqueles que definem ''linhas vermelhas'' também façam o que é preciso, principalmente os EUA e, claro, toda a comunidade internacional", comentou Peretz. A Casa Branca afirma que ainda está tentando obter provas definitivas sobre o uso de armas químicas na Síria.
Os dois lados envolvidos na guerra civil se acusam mutuamente do uso de armas químicas. O principal ataque desse tipo teria sido realizado na vila de Khan al-Assal, na província de Alepo, em março deste ano. O governo sírio pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU) investigasse o caso, que deixou 31 mortos. Entretanto, o presidente Bashar al-Assad não deixou uma equipe de especialistas entrar no país, porque quer limitar a investigação a esse caso, enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu "acesso imediato e irrestrito".
O jornal estatal al-Thawra acusou neste domingo o secretário-geral da ONU de ser "uma ferramenta" dos EUA e "se dobrar às pressões americanas e europeias". No Líbano, a emissora de televisão Al-Manar noticiou que o vice-ministro russo de Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, se encontrou no sábado com o líder dos rebeldes sírios, Hassan Nasrallah.
Enquanto isso, rebeldes e tropas do governo de Assad entraram em confronto neste domingo em duas bases militares no norte do país. As batalhas ocorreram na base aérea de Abu Zuhour, na província de Idlib, e na base militar de Kweiras, em Alepo. Segundo a organização não governamental Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos sete insurgentes morreram na luta em Abu Zuhour, além de um número desconhecido de soldados.
Os rebeldes controlam boa parte de Idlib e Alepo, que fazem fronteira com a Turquia, mas as tropas do governo ainda dominam algumas áreas nas capitais das duas províncias. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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