Ministro saudita diz que morte de jornalista foi 'grande erro'

Diplomata ainda afirmou que não sabe onde está o corpo de Jamal Khashoggi, mas acredita que relação de Riad com EUA não será afetada

PUBLICIDADE

Atualização:

O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, afirmou neste domingo, 21, que não sabe onde está o corpo de Jamal Khashoggi. Ele classificou a morte do jornalista como "um grande erro".

Em um entrevista ao canal Fox News, Al-Jubeir disse que os líderes sauditas acreditavam inicialmente que Khashoggi havia deixado o consulado em Istambul, onde foi visto pela última vez em 2 de outubro. 

Khashoggi era um crítico do poder saudita e trabalhou para o jornal 'The Washington Post' Foto: Hasan Jamali / AP

PUBLICIDADE

Mas depois dos relatórios que as autoriddes árabes receberam do governo da Turquia,  da Turquia", deu-se início a uma investigação que determinou que o jornalista foi assassinado na representação diplomática.

"Não sabemos, em termos de detalhes, como aconteceu. Não sabemos onde está o corpo", disse o chanceler, que destacou a prisão de 18 membros do consulado. "Foi o primeiro passo de uma longa jornada." 

Relação da Arábia com os Estados Unidos 'resistirá', afirma diplomata

Al-Jubeir acredita que a relação entre Washington e Riad "resistirá" a esta questão e garantiu que o príncipe Mohamed Bin Salman não teria sido informado sobre a operação, que tampouco teria sido autorizada pelo regime. Ele garantiu que o rei Salman está "determinado" a fazer os responsáveis pela morte do jornalista "prestarem contas". 

"As pessoas que fizeram isto, fizeram fora do alcance de sua autoridade. Obviamente, um grande erro foi cometido e o que agravou o erro foi a tentativa de acobertar", disse o diplomata. "Isto é inaceitável em qualquer governo. Infelizmente, estas coisas acontecem. Queremos garantir que os responsáveis sejam punidos e queremos assegurar que temos procedimentos estabelecidos para evitar que volte a acontecer." Em entrevista ao Washington Post, Donald Trump ​acusou o regime árabe de estar mentindo sobre o assassinado de jornalista, mas saiu em defesa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. "Ele é visto com uma pessoa que pode manter as coisas sob controle. Eu digo isso de uma maneira positiva", disse o presidente, que ainda sugeriu que os oficiais de inteligencia não provaram que MBS tenha papel direto na morte do jornalista. / AFP e W.Post

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.