Ministro sul-africano é investigado por tráfico de chifres de rinocerontes

Produtos elaborados à base de chifre de rinoceronte são muito populares na China e Vietnã

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A polícia sul-africana abriu uma investigação sobre a suposta relação do ministro de Segurança do Estado, David Mahlobo, com uma rede de tráfico de chifres de rinocerontes, informou nesta quinta-feira o governo.

O anúncio ocorre depois da transmissão de um documentário da emissora internacional de notícias "Al Jazeera", no qual um empresário chinês residente na África do Sul e que exerce o papel de intermediário no comércio de chifres falou de sua estreita relação com Mahlobo.

Réplica de rinoceronte em conferência no Vietnã sobre tráfico de animais Foto: AFP PHOTO / HOANG DINH NAM

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"O governo é conhecedor das informações do documentário da Al Jazeera sobre o ministro e sabe que a polícia está investigando estas acusações", explicou em um discurso o ministro da Presidência, Jeff Radebe.

No filme, o empresário chinês mostra uma fotografia com Mahlobo, que reconheceu ser cliente do salão de massagem e beleza que o traficante de corno tem na cidade de Mbombela, capital da província nordeste de Mpumalanga, de onde é natural o ministro.

Mahlobo -que tem a seu cargo os serviços secretos e entre suas atribuições está a luta contra o crime organizado- negou qualquer envolvimento no comércio ilegal desta espécie e acusou a "Al Jazeera" de difamação.

Com uma população de cerca de 20 mil rinocerontes, a África do Sul concentra 80% da população total destes animais na África.

Desde 2013, mais de mil rinocerontes morrem todos os anos neste país abatidos pelos caçadores ilegais, que extraem o chifre para vendê-lo nos mercados asiáticos.

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Os produtos elaborados à base de chifre de rinoceronte são muito populares na China e Vietnã, onde esta matéria-prima é associada ao sucesso social e à qual são atribuídas propriedades curativas e afrodisíacas. / EFE

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