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Míssil que derrubou voo MH17 foi disparado da Ucrânia por rebeldes pró-Rússia, dizem EUA

Conclusão de uma avaliação preliminar da Inteligência americana foi apresentada durante reunião do Conselho de Segurança da ONU

Atualização:

(Atualizada às 13h12) NAÇÕES UNIDAS - Uma avaliação preliminar dos serviços de inteligência dos Estados Unidos indica que um míssil disparado da Ucrânia por rebeldes pró-Rússia derrubou o avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia na quinta-feira.

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A afirmação foi apresentada nesta sexta-feira, 18, durante reunião emergencial do Conselho de Segurança (CS) da ONU. "O avião foi provavelmente derrubado por um míssil terra-ar, um SA-11, operado de uma área controlada por separatistas no leste da Ucrânia", disse a embaixadora americana na ONU, Samantha Power.

Mais tarde, o presidente Barack Obama, confirmou a posição do país, durante pronunciamento na Casa Branca. "Evidências indicam que o avião foi derrubado por um míssil lançado de uma área controlada por rebeldes."

A representante dos EUA lembrou ao CS que as milícias pró-russas dispõem das tecnologias necessárias para esse tipo de ataque e já derrubaram aviões ucranianos durante o conflito.

Samantha afirmou ainda que os EUA não descartam que tenha havido ajuda da Rússia. "Se for confirmado que os separatistas respaldados pela Rússia foram os autores desse ataque contra um avião civil, tanto eles como seus partidários têm motivos suficientes para tentar encubrí-los."

Obama voltou a afirmar que Moscou colaborou para a escalada da violência no leste ucraniano. "Os separatistas receberam suporte da Rússia", afirmou o presidente americano, lembrando que os EUA condenam a violação da soberania de qualquer país.

O Conselho de Segurança pediu que seja feita uma "investigação internacional independente, meticulosa e completa" sobre a queda do voo MH17 com 298 a bordo, solicitando a todas as partes envolvidas que garantam aos investigadores o acesso ao local da queda.

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Em um comunicado aprovado por consenso, o CS também pediu a "responsabilização apropriada" dos culpados pela tragédia. /AP, EFE, REUTERS e WASHINGTON POST

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