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Monitores da ONU são retirados de cidade síria

Grupo saiu de Khan Sheikhoun, no norte do país, um dia após uma bomba ter atingido comboio

Por AE
Atualização:

BEIRUTE - Um grupo de observadores internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) foi retirados nesta quarta-feira, 16, da cidade síria de Khan Sheikhoun, norte do país, um dia depois de uma bomba ter atingido seu comboio e de terem passado a noite com rebeldes por não conseguirem deixar o local, informou um porta-voz da ONU.Veja também:

linkRebeldes sírios entregam monitores para equipe da ONUlinkMilitar brasileiro estava em comboio atacado na Síriatabela ESPECIAL: Primavera ÁrabeO veículo do grupo foi atingido pela explosão na terça-feira, mas nenhum dos observadores foi atingido. O ataque da terça-feira ocorreu minutos depois de, segundo testemunhas, forças do regime terem disparado contra pessoas que participavam de um funeral nas proximidades, o que representa um novo golpe para o plano de paz apresentado pelo enviado especial Kofi Annan e para a tarefa dos observadores de monitorar o cessar-fogo.Ahmad Fawzi, porta-voz de Annan, disse que os observadores "não ficaram feridos e estão em bom estado de saúde". O porta-voz da ONU na Síria, Hassan Seklawi, disse que os monitores foram resgatados por volta do meio-dia (horário local) desta quarta-feira. "Eles saíram num comboio na direção de Hama, disse Seklawi. Ativistas disseram nesta quarta-feira que as forças do regime abriram fogo na periferia de Khan Sheikhoun. Rami Abdul-Rahman, que dirige o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que disparos de metralhadoras impediram que pessoas participassem dos funerais de cerca de 20 pessoas quer foram assassinadas durante o funeral de terça-feira.Pelo menos 15 civis foram "sumariamente executados" por forças do regime num bairro da cidade de Homs, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos nesta quarta-feira. "Depois que forças do regime terem invadido o bairro de Shammas, 15 civis foram encontrados com marcas de execução sumária", disse Rami Abdul-Rahman à agência France Presse, qualificando os assassinatos como um "massacre". Outras quatro pessoas morreram em decorrência dos ferimentos sofridos na terça-feira durante o ataque ao funeral, disse o grupo. Três civis foram mortos quando tropas do governo dispararam contra um campo de refugiados na província de Deraa, no sul. Forças do regime também mataram um jovem durante uma ação na vila de Mleiha al-Aatsh, na província de Deraa. E na província de Homs um civil foi morto em Rastan, durante um bombardeio, de acordo com o Observatório. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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