Moradores de reduto sírio controlado por rebeldes dizem que estão ‘esperando sua vez de morrer’

Nesta manhã, ao menos 24 pessoas morreram e 200 ficaram feridas depois que novos mísseis e bombas lançados pelo regime atingiram a região de Ghouta Oriental no quarto dia de ataques

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Por Redação
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BEIRUTE - Moradores da região síria de Ghouta Oriental disseram estar “esperando sua vez de morrer”, depois que mais mísseis e bombas lançados pelo regime atingiram o reduto controlado por rebeldes na manhã desta quarta-feira, 21.

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Ataques em Ghouta Oriental deixaram ao menos 250 mortos em 48 horas, segundo um órgão de monitoramento do conflito Foto: REUTERS/Bassam Khabieh

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Ao menos 24 pessoas morreram, sendo 3 crianças, e 200 ficaram feridas nesta quarta-feira na região, alvo de um dos bombardeios mais violentos em sete anos da guerra, que deixou ao menos 250 mortos em 48 horas, segundo um órgão de monitoramento do conflito.

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O ritmo dos bombardeios pareceu diminuir durante a noite, mas sua intensidade foi retomada na manhã desta quarta-feira, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os bombardeios atingiram várias localidades da região, onde quase 400 mil pessoas vivem cercadas pelas forças governamentais desde 2013, indicou a ONG.

Desde domingo 18, os bombardeios da aviação síria mataram 250 civis, entre eles quase 60 crianças, e deixaram centenas de feridos. Os ataques também provocaram muitos danos, em particular em hospitais, que ficaram sem condições de funcionar.

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Em Arbin e Ain Turma, as forças governamentais lançaram barris de explosivos, uma arma denunciada pela ONU e diversas ONGs, segundo o OSDH. Durante a noite, a artilharia governamental disparou mais de 100 obuses.

A nova campanha aérea contra Ghouta Oriental começou no domingo, após a chegada de reforços para uma ofensiva terrestre que ainda não teve início. O governo quer reconquistar esta região, a partir da qual os rebeldes lançam obuses contra Damasco.

Ghouta Oriental é o último reduto controlado pelos rebeldes perto da capital síria. Segundo o jornal Al Watan, ligado ao governo, os bombardeios "são o prelúdio de uma operação terrestre de grande envergadura que pode começar a qualquer momento". / REUTERS e AFP

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