Moradores fogem de cidade ao sul de Mogadiscio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Moradores de uma cidade na periferia de Mogadiscio fugiram de suas casas nesta quarta-feira por temer novos episódios de violência na região. A fuga ocorre um dia depois que milicianos islâmicos expulsaram, de um bloqueio ao sul da capital somali, soldados leais ao senhor de guerra Abdi Hassan Awale, líder do clã Habar Gidir, que cobravam pedágio dos motoristas que viajavam entre Mogadiscio e a região de Baixa Shabelle. O tiroteio, que estendeu-se por cerca de uma hora, provocou a morte de três soldados leais a Awale e três civis. "Centenas de pessoas, principalmente mulheres e crianças, podem ser vistas fugindo com medo de que novos episódios de violência ocorram a qualquer momento", disse o morador Dahir Yare, durante conversa por telefone com a Associated Press. No início do mês, milicianos islâmicos tomaram o controle de Mogadiscio e da maior parte do sul da Somália com a promessa de restaurar a ordem depois de semanas de sangrentos episódios de violência. Acordo de paz Na semana passada, líderes islâmicos assinaram um acordo para suspender todas as ações militares e reconhecerem um frágil governo interino apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Pouco depois, entretanto, os milicianos realizaram uma eleição interna e substituíram um líder relativamente moderado que parecia voltar-se para o Ocidente por um clérigo radical acusado pelos Estados Unidos de ligações com a rede extremista Al-Qaeda. O vice-ministro da Informação do governo interino da Somália, Salad Ali Jelle, qualificou o episódio de terça-feira como uma violação do cessar-fogo por parte dos milicianos islâmicos.

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