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Morales defende a paz, mas defende manutenção do exército

Bolívia apóia o Japão em sua política contra as armas nucleares

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quarta-feira, 7, em Tóquio que a renúncia à guerra não quer dizer terminar com as Forças Armadas e apoiou o Japão em sua política contra as armas nucleares. Em seu terceiro dia de visita ao Japão, o governante se manifestou contra o uso do Exército pelas potências "para manter monopólios e hegemonias". "Para que queremos a guerra?", perguntou, em declarações à imprensa. Ele se alinhou a países como o Japão na defesa da desnuclearização e lembrou a necessidade de discutir nos fóruns internacionais "a defesa da vida e a proteção do planeta". Na manhã desta quarta-feira, Morales se reuniu com representantes de empresas importadoras de produtos orgânicos e de companhias metalúrgicas e mineradoras do Japão. Ele respondeu a dúvidas sobre a forte carga tributária boliviana. Segundo disse um porta-voz presidencial, Morales explicou aos empresários que a alta de impostos coincide com épocas de produção elevada, a fim de guardar reservas para quando a demanda cair. O presidente boliviano promoveu uma "relação triangular" entre os governos de Tóquio e La Paz e os empresários. A aliança estratégica bilateral deverá ser "sustentável", disse Morales, sugerindo que o intercâmbio entre os dois países tenha como "centro de gravidade" a Agência Japonesa de Coordenação Internacional, por sua grande contribuição técnica e financeira. Após uma reunião com o presidente do Banco Internacional de Cooperação Internacional (JBIC) e um encontro com a Liga Parlamentar de Amizade Japão-Bolívia, Morales jantará nesta quarta-feira com o presidente da empresa Sumitomo, importadora com interesses na Bolívia. Na quinta-feira, 8, ele conclui sua visita com uma audiência com o imperador Akhito e uma entrevista coletiva no Centro de Imprensa do Japão.

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