30 de dezembro de 2010 | 15h02
Ele destacou "a política econômica do presidente (Fernando) Lugo, que este ano encabeça o crescimento econômico da região com mais de 9%". No quinto dia do chamado "gasolinazo", houve aumento do número de protestos em La Paz e ganhou mais força uma greve no setor de transportes, apesar do aumento salarial de 20% a quatro setores da economia, decretado ontem por Morales.
No sábado, o governo boliviano decretou um reajuste de 73% no preço da gasolina, 83% no óleo diesel e 99% na gasolina de aviação. Ontem, Morales anunciou um aumento salarial de 20% para o próximo ano e elevação de 100% para os funcionários públicos para atenuar a alta dos combustíveis. Vários produtos tiveram reajuste de mais de 15%, as tarifas dos transportes públicos subiram mais de 65% e o pão, 87%.
Ao defender o aumento dos combustíveis, Morales disse na terça-feira que quase a metade da gasolina e do diesel - que recebem subvenção do Estado - tinha como destino as fronteiras dos países vizinhos, onde era vendida por um preço mais alto.
Em mensagem ao país feita na noite de ontem, Morales reconheceu que a elevação dos combustíveis "é dura" e por isso foi "decretado um aumento do salário mínimo de 20% para a polícia, Forças Armadas, funcionários da saúde e educação para 2011".
"Sou responsável pelo que fiz, esse dinheiro em vez de sair fica aqui. (...) Para os que não receberão o aumento salarial, os funcionários públicos, terão o salário dobrado, aumento que não será dado ao vice-presidente nem ao presidente", afirmou. As informações são da Associated Press.
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