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Morales propõe referendo sobre divergências da Constituição

Presidente boliviano mostrou-se ´flexível´ em relação à aprovação de novo texto

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo da Bolívia e a oposição aceitaram na quinta-feira levar a referendo os artigos não aprovados pela Assembléia encarregada de redigir uma nova Constituição para o país. A proposta do presidente Evo Morales foi classificada como "um avanço importante e um sinal de flexibilidade" pelo líder da aliança conservadora Poder Democrático e Social (Podemos), Jorge Quiroga. "Vamos deixar a população decidir por meio de seu voto, sem medo", disse Morales, cujo partido perdeu recentemente o controle do Senado. "A proposta sempre foi essa". Na quinta-feira, após reunir-se com integrantes da Assembléia, Morales convocou uma entrevista coletiva no Palácio do Governo, em La Paz. "Se estamos buscando unidade, integridade, igualdade e dignidade mediante uma nova Assembléia Constituinte, não há porque temer a opinião pública", afirmou o líder boliviano. Morales acrescentou que é necessário acelerar o processo de aprovação do novo texto constitucional. A Assembléia Constituinte boliviana, sediada na cidade de Sucre, foi estabelecida em 6 de agosto do ano passado. Ela conta com 225 integrantes, que têm o prazo de um ano para redigir uma nova Constituição. No entanto, passados quase seis meses, os membros ainda não começaram a escrever o texto, por causa das divergências entre governo e oposição. Há duas semanas, o partido de Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS) anunciou que aceitava a aprovação da futura Constituição por dois terços dos votos - tal como havia sugerido anteriormente a oposição. No entanto, a legenda impôs a condição de que a aprovação ocorra antes do próximo dia 2 de julho.

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