Morales quer ver camponeses bolivianos falando três línguas

Segundo dados de 2005, de 9,5 milhões de habitantes, 13% são analfabetos

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Por Agencia Estado
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O governo socialista da Bolívia pretende que os camponeses dominem um idioma nativo, outro estrangeiro e mais o espanhol, declarou na segunda-feira, 26, o presidente Evo Morales. O objetivo foi anunciado no município de Tolata, que foi declarado o primeiro do país a ficar livre do analfabetismo. Morales explicou que um dos objetivos de sua administração é que os bolivianos "aprendam a ler e escrever, conhecendo três idiomas, um nativo, um estrangeiro e o espanhol". A meta é parte das "mudanças profundas que serão feitas no futuro", acrescentou. O título de "Tolata livre do analfabetismo" é parte do plano de alfabetização iniciado em março de 2006, com cooperação de Cuba e da Venezuela. A meta é erradicar o analfabetismo até 2009. O presidente boliviano acrescentou que outro aspecto de sua política educativa é a construção de centros tecnológicos em 25 quartéis. Os recrutas cumprirão seu serviço militar obrigatório e receberão também uma formação em nível de técnico superior. "Serão universidades para os pobres", explicou. A etapa seguinte será reformar o sistema da universidade pública, que precisa de "profundas transformações". Os analfabetos bolivianos estão aprendendo a ler e escrever com o programa audiovisual "Eu posso", criado pela pedagoga cubana Leonela Relys, que antes foi também aplicado com sucesso no Haiti, Venezuela, México e Argentina. Segundo dados oficiais de 2005, de um total de 9,5 milhões de habitantes, 13% não sabem ler nem escrever.

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