PUBLICIDADE

Morre na Espanha o líder comunista Santiago Carrillo

Carrillo acompanhou importantes acontecimentos da história espanhola; ele tinha 97 anos

Atualização:

MADRI - O histórico líder do Partido Comunista espanhol (PCE) Santiago Carrillo morreu nesta terça-feira, 18, aos 97 anos. A informação foi divulgada em uma rádio local por um porta-voz do partido Izquierda Unida (Esquerda Unida), José Luis Centella. Na última semana, a saúde do ex-líder do PCE se deteriorou, ele foi internado várias vezes no mês. Em julho, passou dias internado devido a um problema no fluxo sanguíneo.

 

Um dos arquitetos da transição democrática da Espanha, Carrillo passou 38 anos no exílio, depois da guerra civil espanhola (1936-1939) e da longa ditadura do General Francisco Franco.

PUBLICIDADE

 

Foi secretário-geral do PCE entre 1960 e 1982 e  acompanhou importantes acontecimentos da história espanhola.

Nascido na região de Astúrias, no norte da Espanha, em 18 de janeiro de 1915, Carrillo entrou cedo para a política. Com apenas 13 anos passou a atuar no Jovens Socialistas.Durante a guerra civil espanhola foi delegado da Ordem Pública de Madrid e membro da Junta de Defesa de Madri.

Apesar de sempre ter negado e declarado que as mortes foram obras de radicais, pesam acusações sobre seu envolvimento no Massacre de Paracuellos de Jarama.  Acredita-se que mais de 3 mil pessoas - civis e militares suspeitos de apoiarem Franco- foram assassinados na cidade próxima a capital espanhola Madri, em 1936, pelo Exército Republicano Espanhol.

Com o final da guerra, em 1939, começou um longo exílio, que o levou para União Soviética, os EUA, Argentina, México, Argélia e França.

Regressou clandestinamente a Espanha em 1976, um ano antes da legalização do PCE, o qual ele se filioi em julho de 1936, e partido que foi eleito deputado em 1977, nas primeiraseleições democráticas pós-franquismo, e depois reeleito em 1979 e1982.

Publicidade

Após deixar o PCE, em 1985, Carrillo passou seus últimos anos escrevendo livros e artigos.

 

Com Efe

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.