31 de agosto de 2010 | 12h23
Médicos informaram a mulher de Brito sobre a morte ontem, aparentemente provocada por um ataque cardíaco, segundo o jornal El Universal. O governo tomou as terras de Brito em 2005, no Estado de Bolívar, sul do país. Após esse ato, ele começou a fazer uma greve de fome. Ele parou e recomeçou o protesto diversas vezes.
A ordem foi revogada no fim de 2009, quando Brito encerrou temporariamente seu protesto. O fazendeiro, porém, recomeçou a greve pouco depois, alegando que as autoridades não o haviam compensado nem entregado os papéis cancelando a tomada das terras. "O corpo de Franklin Brito tornou-se um símbolo para todos aqueles atingidos pela arrogância do poder, para aqueles ofendidos pela arrogância dos governantes", afirmou a família no comunicado.
No ano passado, o governo Chávez redistribuiu 500 mil hectares de terras que estavam em mãos de particulares. O presidente diz que essa política busca reverter injustiças históricas. O caso de Brito, de 49 anos, ganhou mais atenção nas últimas semanas na Venezuela. Vários protestos demonstraram solidariedade a ele e à família. Desde o início do ano internado em um hospital militar de Caracas, Brito recebia assistência da Cruz Vermelha, mas estava muito fraco por causa da prolongada carência de alimentos e também de água.
Na semana passada, Angela, filha de Brito, disse que seu pai tinha perdido a consciência. Ela afirmou que ele havia sofrido uma falência respiratória e estava com infecção generalizada, pneumonia e danos em órgãos vitais. "A saúde do meu pai piorou mais, ainda que ele tenha concordado em receber os medicamentos necessários, incluindo a hidratação e a alimentação intravenosa", disse ela. As informações são da Dow Jones.
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