PUBLICIDADE

Morre o 400º soldado americano no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto o administrador dos Estados Unidos, L. Paul Bremer encontrava-se com o Conselho de Governo do Iraque para apresentar a nova proposta americana de rápida emancipação do país, uma bomba matou hoje o 400º soldado americano, desde o começo da guerra, em março. Bremer, que acaba de retornar de conversas com o presidente George W. Bush e seus ministros, começou as conversações com o líder iraquiano do Conselho, Jalal Talabani, ontem, sobre formas de apressar a passagem do poder para os iraquianos, segundo Mahmoud Othman, outro membro do grupo. Embora não tenha especificado quais são as propostas, ele disse que o administrador americano estava reunido, hoje, com todo o conselho. Segundo um funcionário da administração americana disse à AP, Bremer irá propor eleições no primeiro semestre do ano que vem e a formação de um governo antes mesmo que seja proclamada uma nova constituição no país, o que efetivamente garantiria soberania ao Iraque pelos meados de 2004. Antes, os EUA exigiam que uma nova carta fosse redigida e adotada antes de eleições gerais, um processo que demoraria, no mínimo, mais um ano. A idéia parece ser apressar o processo de desengajamento das tropas americanas da responsabilidade primária pela segurança, numa hora em que crescem os focos rebeldes, deixando a tarefa de lutar contra os guerrilheiros nas mãos dos iraquianos. A rebelião, inicialmente concentrada no chamado triângulo sunita, parece agora espalhar-se para o norte e sul do país. Hoje, uma bomba à margem da estrada explodiu perto de uma patrulha, no subúrbio de Ad Hamiah, ao norte de Bagdá, matando um soldado americano e ferindo outros dois, segundo informações oficiais. Os feridos foram levados para um hospital militar no centro de Bagdá. É 400ª morte de militar americano, desde que as hostilidades começaram em março. Os militares britânicos registraram 52 mortes. Dezesseis italianos também morreram, além de um soldado da Dinamarca, um da Espanha, um da Ucrânia e um da Polônia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.