LIMA - Um deputado do partido esquerdista Peru Libre, do presidente Pedro Castillo, morreu repentinamente nesta segunda-feira, 25, durante a votação que daria ou não aval para o novo gabinete governamental.
Fernando Herrera, de 55 anos, morreu cerca de duas horas depois do início do debate, logo após a nova Primeira-Ministra, Mirtha Vásquez, finalizar a apresentação da política geral do Executivo.
OCongresso fez um minuto de silêncio e a presidente do Legislativo, María del Carmen Alva, ordenou a suspensão do plenário até a manhã desta terça-feira, 26.
Nos arredores do Parlamento, o porta-voz do Peru Libre, Waldemar Cerrón, assegurou que Herrera morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
"Lamentamos e agradecemos a solidariedade de todos os parlamentares que em uníssono expressaram suas condolências", disse Cerrón, irmão do líder do partido, Vladimir Cerrón, a jornalistas.
Da província de Bagua, no norte da Amazônia, onde estava em visita oficial, o presidente Castillo lamentou a morte de Herrera, um dos 13 congressistas do Peru Libre que formam a facção mais próxima do presidente, composta por professores.
“Quando morre um professor, ele nunca morre. Quando morre um lutador social, ele nunca morre. Há homens que dão a vida pelo governo e pela democracia, e se há homens que dão a vida por isso, também estamos dispostos a fazê-los", declarou Castillo.
“Eu me junto à dor de sua família. Vamos lembrá-lo como um defensor da democracia, que lutou para acabar com as diferenças sociais”, acrescentou Castillo posteriormente, em mensagem postada nas redes sociais.
O deputado do Peru Libre Álex Paredes explicou aos meios de comunicação locais que Herrera não compareceu presencialmente ao hemiciclo, mas era esperado para a votação final. Herrera havia contraído covid-19 no mês passado e ficou em observação médica, acrescentou Paredes.
A discussão sobre o futuro do Conselho de Ministros liderado por Vásquez deve ser retomada nesta terça-feira. O novo gabinete foi empossado no início de outubro, após uma crise envolvendo a ala mais radical do partido, em um sinal de moderação de Castillo, que busca diálogo com partidos de centro no Parlamento./EFE