Morte de Hariri teve motivação política, aponta investigação

Relatório diz que crime ocorreu após ex-premier libanês se reaproximar da Síria

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Por Agencia Estado
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O chefe da investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri disse nesta terça, 16, que sua equipe acredita que o crime têm ligações com as atividades políticas realizadas pelo ex-premier. Em seu quinto relatório ao Conselho de Segurança da ONU, o promotor belga Serge Brammertz levantou a possibilidade de que a decisão de matar Hariri aconteceu depois do ex-primeiro-ministro se reaproximar com a Síria e com outros líderes libaneses. O relatório revela algumas evidências e dicas sobre o assassinato de Hariri e de outras 22 pessoas em Beirute em 14 de fevereiro de 2005. Neste dia, o Parlamento libanês iria debater uma nova lei eleitoral e Hariri liderava as pesquisas para se candidatar. Uma das hipóteses consideradas pela comissão investigadora é que "os assassinos decidiram cometer o crime antes que Hariri começasse sua campanha eleitoral". Uma outra hipótese diz que "no período antes de sua morte, Hariri outros políticos tentavam iniciar um diálogo com a Síria", segundo declarações de Brammertz. "A mídia havia divulgado uma possível aproximação entre os países." Em 2005, um relatório de Brammertz disse que Síria de teve ligações com o assassinato. O governo sírio negou as acusações mais for forçada a retirar suas tropas do Líbano, acabando com a presença no país que já durava 29 anos. Outros quatro acusados de participar do crime ficaram detidos por 15 meses. O investigador chefe disse que nos últimos três meses, a compreensão dos fatos "avançou substancialmente algumas ligações novas foram feitas entre os componentes do crime". Desde dezembro, a comissão conduziu 42 entrevistas em relação ao caso de Hariri. Eles identificaram 250 pessoas para entrevistar nos próximos três meses.

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