Morte de premiê abre sucessão na Etiópia

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Por ADIS-ABEBA
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O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, reformista da economia de seu país e tido internamente como um autocrata, mas louvado no Ocidente por seu combate a radicais islâmicos, morreu no fim da noite da segunda-feira, aos 57 anos. O vice-primeiro-ministro do país, Hailemariam Desalegn, deverá assumir o governo. Ele deve ser nomeado pelo Parlamento, onde o partido oficialista - que poderá definir um outro sucessor durante seu congresso, no fim de setembro - domina 546 dos 547 assentos. Observadores políticos afirmam que Desalegn enfrentará uma dura disputa para conseguir permanecer no cargo. As Forças Armadas da Etiópia declararam lealdade à Constituição e prometeram defendê-la na era pós-Zenawi. A morte do primeiro-ministro ocorreu em um hospital de Bruxelas, confirmando os rumores de que ele enfrentava uma grave enfermidade. A doença que o matou não foi revelada pelo governo. Enquanto a Casa Branca lamentou a "perda prematura" do premiê, opositores do líder comemoraram a morte de um "tirano", que há 22 anos tomou o poder de uma junta militar. / REUTERS e AP

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