Mortes em desabamento em Meca chegam a 76

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Centenas de trabalhadores com guindastes, ferramentas e maçaricos removem corpos dos escombros de um prédio de quatro andares que desabou na mais sagrada cidade do Islã. Autoridades informam que o total de mortos chega a 76. O Ministério do Interior saudita diz que o desabamento feriu outras 62 pessoas. A nacionalidade das vítimas é desconhecida. O desastre mancha o início da reunião anula de milhões de muçulmanos para a peregrinação da hajj, que terá início na segunda-feira. Mais de um milhão de pessoas já participaram das preces desta sexta-feira na Grande Mesquita, que fica a pouco Amis de 60 metros do prédio desabado. Na tarde desta sexta-feira, 24 horas após o desmoronamento, encerraram-se as buscas por sobreviventes em meio ao entulho. O prédio abrigava lojas, um restaurante e funcionava como hospedaria para peregrinos. "Fizemos todo o possível. A operação está encerrada", disse o encarregado, que não deu o nome porque não está autorizado a falar com a mídia. Os trabalhos tinham avançado pela noite de quinta-feira. De acordo com o Islã, quem morre a caminho ou durante a hajj é um mártir, e vai para o céu. O profeta Maomé nasceu em Meca. A hajj é um dos cinco pilares do islamismo, e todo muçulmano deve empreendê-la ao menos uma vez na vida, se tiver meios e saúde. Os outros pilares são professar que só há um Deus e que Maomé é seu profeta; orar cinco vezes ao dia; dar esmolas e jejuar durante o mês sagrado de Ramadã. O número de peregrinos em Meca cresceu onze vezes nos últimos 15 anos. Durante esse período, o governo saudita gastou bilhões de dólares para oferecer melhores condições aos "hóspedes de Alá", mas a hajj sofreu diversas tragédias em anos recentes. A pior foi registrada em 1990, quando 1.426 peregrinos morreram durante uma onda de pânico num túnel lotado que conduz a um local sagrado da cidade. No último dia da hajj de 2004, 251 pessoas foram pisoteadas por uma multidão durante o ritual de apedrejamento do diabo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.