27 de outubro de 2010 | 09h44
Equipes de resgate retiram corpos das áreas atingidas pelo vulcão Merapi.
JACARTA - As autoridades da Indonésia elevaram nesta quarta-feira, 27, para 282 o número de mortes causadas pelo tsunami que ocorreu por conta de um terremoto de magnitude 7,5 na escala Richter ocorrido na segunda-feira. Com as 28 mortes causadas pela erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java, chega a 310 o número de vítimas por conta dos dois desastres. Há ainda 412 desaparecidos.
Veja também:
Galeria de fotos: A fúria do Merapi
Os primeiros carregamentos de suprimentos chegaram às ilhas Mentawai, as mais afetadas pelo tsunami, nesta quarta por meio de helicópteros e aviões. Membros de equipes de resgate também chegaram ao local. As ilhas Mentawai são as mais próximas do epicentro do tremor, o que justifica o grande aumento repentino do número de mortos - a última contagem era de 154. O mau tempo impedia o acesso das equipes de resgate ao local.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, encurtou a visita que fazia ao Vietnã para lidar com os desastres que assolam o país. Segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres, dez localidades das ilhas Mentawai, a maioria situadas nas ilhas Pagai Selatan (sul) e Pagai Utara (norte), foram destruídas pelo tsunami decorrente do tremor que, com ondas de até seis metros, chegou a 600 metros de terra firme.
O epicentro do terremoto foi localizado a 33 quilômetros de profundidade e 149 quilômetros ao sul da cidade de Padang, no litoral oeste de Sumatra. Durante as horas seguintes, ocorreram até 14 réplicas de magnitude máxima de 6,2.
A falha onde aconteceu o terremoto é a mesma que, em 26 de dezembro de 2004, causou o tremor de magnitude 9,1 seguido de tsunami, que destruiu localidades litorâneas de nações banhadas pelo Oceano Índico e matou 226 mil pessoas.
A Indonésia fica sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil tremores anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.