Seis pessoas morreram por causa de um ataque suicida durante o enterro do governador de Paktia, Abdul Hakim Taniwal, assassinado no domingo em outro atentado, segundo informou nesta terça-feira a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos. Entre os mortos no enterro, realizado nesta segunda-feira na província de Khost, no leste do Afeganistão, estão pelo menos dois policiais afegãos. Outras 35 pessoas foram feridas, segundo a coalizão. O chefe da Polícia da província, Abdul Nanan, confirmou à Efe que um homem vestido com uniforme policial detonou os explosivos que tinha ao redor de seu corpo, durante o enterro. "Os talebans desonraram a santidade de um funeral muçulmano", afirmou nesta terça-feira o tenente-coronel americano Paul Fitzpatrick. Ele acusou os rebeldes de "não respeitar a vida, a honra, a tradição e a religião". Fitzpatrick disse além disso que o ataque "prova a todos os afegãos e muçulmanos que os talebans desejam destruir o futuro do Afeganistão e a forma de vida de sua gente". O governador Abdul Hakim Taniwal foi assassinado no domingo num atentado suicida, em frente a sua casa, na cidade de Gardez, capital da província de Paktia. No mesmo ataque também morreu seu secretário, além do próprio atacante, e ficaram feridos três guarda-costas. A autoria do assassinato de Taniwal foi reivindicada por um suposto porta-voz dos talebans. Mas por enquanto nenhuma fonte oficial confirmou quem está por trás do ataque. Taniwal foi o político afegão de maior categoria assassinado este ano e uma das maiores personalidades mortas em atentados no Afeganistão desde Haji Qadeer, ministro de Obras Públicas, que morreu em junho de 2002.