
23 de julho de 2012 | 03h04
Os combates pelo controle de Damasco e Alepo, as duas maiores cidades da Síria, intensificaram-se ontem com bombardeios pesados e uso de helicópteros e tanques por parte das forças leais ao ditador Bashar Assad. No fim de semana, mais de 200 pessoas morreram, entre civis, rebeldes e militares, elevando a mais de 19 mil as vítimas da revolta iniciada há 17 meses.
Nas fronteiras, o êxodo continua, assim como a luta pela hegemonia dos postos de imigração nas divisas com Líbano, Turquia, Iraque e Jordânia.
Ontem, novos combates foram travados nas imediações dos bairros de Barzeh e Mezzeh, em Damasco, onde os rebeldes persistem nos combates pela "libertação" da cidade. Fotografias enviadas por insurgentes mostraram grandes colunas de fumaça e explosões em diferentes pontos da capital, enquanto as imagens da TV estatal síria revelaram corpos de revoltosos mortos pelas Forças Armadas.
A agência oficial Sana afirmou que "o Exército limpou" o bairro de Qaboune, o segundo retomado - depois de Midane - desde a sexta-feira, quando começou a contraofensiva do regime.
Na segunda maior cidade do país, Alepo, centro econômico da Síria, o terceiro dia da ofensiva rebelde foi marcado por uma declaração dos insurgentes. Em vídeo postado no YouTube, o coronel Abduljabbar Mohammed Aqidi, suposto líder da região, informou que os combates fazem parte de uma campanha pela "libertação" da metrópole. "Ordenamos a todos os membros do Exército Livre da Síria que marchem sobre Alepo e ergam a bandeira da independência", conclamou. Aqidi disse que os rebeldes conquistaram a maior parte das posições em torno de Alepo. "O caminho agora está livre para liberar a cidade."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.