Mortos em conflito no Quirguistão já chegam a 187

Conflitos que envolvem minoria usbeque no país foram inciados no último dia 11

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Atualização:

MOSCOU - Pelo menos 187 pessoas morreram nos choques entre quirguizes e usbeques iniciados no último dia 11 no sul do Quirguistão, segundo números provisórios divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo Ministério da Saúde do país da Ásia Central.

 

"Segundo os últimos dados, o número de mortos confirmados em centros médicos é de 187. Um total de 1.918 pessoas solicitou assistência médica, das quais 902 foram hospitalizadas", assinala o relatório de Saúde citado pela agência local "AKIpress".

Os choques entre quirguizes e usbeques começaram em Osh, a segunda cidade do Quirguistão, na madrugada da sexta-feira passada.

 

 

Em seguida, os conflitos se estenderam à cidade vizinha de Jalal-Abad, apesar do estado de exceção decretado pelo Governo provisório quirguiz.

 

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Os confrontos provocaram a fuga de milhares de cidadãos quirguizes de etnia usbeque ao vizinho Usbequistão.

 

A presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, admitiu na terça-feira que o número de vítimas mortais poderia ser "muito superior" aos dados publicados pelo Ministério da Saúde, já que a tradição local é enterrar imediatamente os defuntos sem que as mortes sejam confirmadas por serviços de medicina legal.

 

O Quirguistão inicia nesta quarta-feira um período de luto nacional, que durará três dias, em memória das vítimas dos enfrentamentos étnicos, que segundo o Governo provisório quirguiz foram provocados por seguidores do presidente deposto Kurmanbek Bakiev, refugiado atualmente em Belarus e cuja extradição é reivindicada por Bishkek.

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