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Mortos em confrontos na Síria já chegam a 19, dizem ativistas

Forças do governo de Assad abriram fogo contra manifestantes em Damasco, Idleb, Hama, Homs e Deraa

Por AE
Atualização:

Atualizado às 9h43

 

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BEIRUTE - As forças de segurança da Síria abriram fogo contra manifestantes que foram às ruas após as preces desta sexta-feira, 16, horas após soldados matarem pelo menos 19 pessoas em todo o país. Um ativista dos Comitês de Coordenação Local, Hosam Ibrahim, disse à Agência Efe, por telefone, que houve mortos em Damasco, Idleb, Hama, Homs e Deraa. A oposição síria condenou os confrontos desta sexta-feira, prometendo "continuar até a deposição do regime".

 

Veja também:especialInfográfico: A revolta que abalou o Oriente Médio

 

 

O grupo sediado em Londres Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que muitos disparos foram ouvidos no entorno da mesquita Rawda, na cidade de Deir el-Zour, leste sírio. Segundo a entidade, as forças de segurança abriram fogo perto de uma mesquita em Daraya, subúrbio de Damasco.

O ativista Mustafa Osso, que vive na Síria, disse que milhares de pessoas foram às ruas em cidades de maioria curda do nordeste do país, como Qamishli, Amouda, e Derbasiyeh.O observatório afirmou que os ataques ocorreram mais cedo nesta sexta-feira, na província central de Hama, deixando pelo menos quatro pessoas mortas e 11 feridas. A TV estatal afirmou que um policial foi morto e quatro ficaram feridos na sexta-feira, quando eles foram atacados na vila de Busra Hariri, na província de Deraa, onde os protestos começaram há seis meses.Um levante popular começou na Síria em meados de março, em meio a uma onda de protestos contra o governo no mundo árabe que já derrubou autocratas na Tunísia, no Egito e na Líbia. O presidente Bashar Assad reagiu com uma repressão violenta, que já deixou 2.600 mortos segundo as Nações Unidas. A Síria diz que o regime enfrenta terroristas e baderneiros, não reformistas. Na segunda-feira, um alto assessor do presidente, Buthaina Shaaban, disse que o número de mortos era de 1.400, sendo a metade das forças de segurança e a outra metade da oposição.

 

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As informações são da Associated Press.

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