18 de março de 2011 | 09h41
TÓQUIO - As autoridades do Japão elevaram a 6.911 o número de mortos e a 10.319 o de desaparecidos pelo terremoto e posterior tsunami do último dia 11 no nordeste do país, segundo a última estimativa oficial divulgada nesta sexta-feira pela Polícia japonesa. Teme-se que o número final de vítimas possa aumentar ainda mais em alguns municípios das províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima.
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Arquivo Estado: Terremoto devastou Kobe em 1995
Este foi o terremoto mais devastador em quase 90 anos no Japão, já que superou as mortes registradas no terremoto de 17 de janeiro de 1995 na cidade de Kobe (centro do Japão), que com 7,2 graus de magnitude tirou a vida de 6.400 pessoas. Até agora, o terremoto de Kobe era o mais grave da história recente no Japão, um país assentado em pleno Anel de Fogo do Pacífico e que registra inúmeros tremores, apesar de a maioria não ter consequências graves graças às estritas normas de construção em vigor.
Anteriormente, em 1º de setembro de 1923, o chamado "terremoto de Kanto", que ocorreu na região de Tóquio quando a maioria das casas era de madeira, já havia causado 140 mil mortes. Cerca de 90 mil militares e membros de equipes de resgate japoneses, ajudados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, vasculham a região devastada em busca de sobreviventes presos sob os escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de dez metros de altura.
No entanto, pouco a pouco as infraestruturas de transporte estão sendo restabelecidas na área afetada, o que facilita as operações de resgate e a assistência às 380 mil pessoas que permanecem nos 2.200 abrigos criados após o desastre. O terremoto e posterior tsunami de 11 de março destruiu 11.991 casas, provocou 269 incêndios e danificou 1.232 estradas do norte e leste do Japão.
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