24 de maio de 2011 | 10h54
Mostras de DNA do ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, foram encontradas no uniforme da camareira de hotel que o acusa de tentativa de estupro, afirmam nesta segunda-feira reportagens da imprensa americana.
Citando fontes próximas da investigação, reportagens em diversos meios do país, como a rede ABC, o jornal The New York Times e a agência Associated Press, disseram que os primeiros testes confirmam as suspeitas dos investigadores contra Strauss-Khan.
Na segunda-feira, o porta-voz da polícia de Nova York, onde o episódio ocorreu, disse que as evidências indicam que a acusação da camareira é "crível" e que "nada mudou" na visão dos investigadores que acreditaram nela desde o início.
Não foram divulgados os detalhes das mostras de DNA.
O advogado de defesa de Strauss-Khan havia dito que as mostras de DNA comprovariam que houve contato sexual entre seu cliente e a camareira, mas que tudo foi de comum acordo.
O executivo foi preso sob acusação de agressão sexual e tentativa de estupro no dia 14 de maio no luxuoso hotel Sofitel de Nova York, onde estava hospedado ao custo de US$ 3 mil dólares por diária.
Na sexta-feira ele foi liberado da prisão de Rikers Island após pagar uma fiança de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,6 milhão).
Strauss-Khan permanece sob prisão domiciliar em Manhattan, no número 71 da avenida Broadway, que virou uma espécie de atração turística.
O episódio aumentou a pressão e o francês teve de renunciar ao cargo à frente do FMI, que ocupava desde 2007.
Ex-ministro de Finanças da França, Strauss-Kahn, de 62 anos, aparecia em pesquisas de intenção de voto como favorito à Presidência francesa nas próximas eleições.
A próxima audiência sobre as acusações contra Strauss-Kahn está marcada para 6 de junho.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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