Movimento anti-Alca faz cúpula paralela em Quebec

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Por Agencia Estado
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O movimento anti-globalização que passou por Porto Alegre, em janeiro, durante o Fórum Social Mundial, voltará a se reunir na próxima semana em Quebec, no Canadá, para protestar contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Além das manifestações de rua, os adversários da Alca farão conferências paralelas ao encontro de cúpula dos 34 chefes de Estado do continente. A Conferência dos Povos das Américas, como está sendo chamada, começa na terça-feira, com uma série de fóruns temáticos. "Queremos ter acesso às negociações oficiais da Alca. Essa discussão é estratégica para os países da região e não pode ficar restrita aos presidentes", disse o vice-governador do Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto (PT), que viaja na segunda-feira para Quebec levando um estudo dos impactos da Alca sobre o Mercosul. Convidado para palestrar em um dos fóruns da conferência paralela, o líder petista também pediu ao Itamaraty uma credencial para assistir aos debates oficiais como observador, mas não obteve resposta. "Não é possível que sequer um diplomata possa expressar sua posição", reclamou Rossetto, referindo-se à demissão do embaixador Samuel Guimarães do centro de estudos do Itamaraty por ter criticada a Alca. A rede de Organizações Não-Governamentais (ONG) que está convocando a conferência paralela fez o mesmo em 1998, durante a cúpula de Santiago do Chile. Desta vez, entretanto, com o impulso das mobilizações anti-globalização dos últimos dois anos e a adesão de líderes do Fórum Social Mundial, o grupo pretende reunir até 20 mil pessoas em Quebec.

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