Mubarak e sua família estão em prisão domiciliar no Egito, diz Exército

Comando militar egípcio desmentiu informações de que o ex-presidente teria fugido para a Arábia Saudita

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CAIRO

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 - O comando militar egípcio informou nesta segunda-feira, 28, que o ex-presidente Hosni Mubarak e sua família estão em prisão domiciliar. A informação foi divulgada no site do conselho militar, rechaçando uma versão de que ele teria fugido para a Arábia Saudita.

 

Notícias da imprensa local sugeriram que Mubarak, de 82 anos, pudesse ter ido para o país receber tratamento médico. O jornal estatal Al-Akhbar afirmou que ele estava sendo tratado de um câncer. A primeira eleição parlamentar no Egito desde a queda de Mubarak ocorrerá em setembro, mas não foi marcada a data para a disputa presidencial, informou hoje o general Mamduh Shahin, integrante do Conselho Supremo Militar, que tem comandado o país desde a queda de Mubarak, em 11 de fevereiro, em meio a protestos nas ruas. A data da eleição presidencial será anunciada posteriormente, disse Shahin.

 

A junta militar egípcia tinha se comprometido a dirigir a transição política no Egito durante seis meses ou quando fossem eleitas as novas autoridades, mas é a primeira vez que se anuncia em que mês será o novo pleito.

 

Setembro era o mês em que haveria eleições presidenciais no calendário fixado pelo regime de Hosni Mubarak.

 

As últimas eleições parlamentares, infestadas de denúncias de fraude, foram realizadas em dois turnos nos dias 28 de novembro e 5 de dezembro do ano passado.

 

O anúncio desta segunda-feira confirma que primeiro haverá eleições parlamentares e depois presidenciais. Até então, os grupos políticos egípcios ainda não tinham entrado de acordo sobre qual das duas votações teria que acontecer primeiro.

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O general Shahin confirmou que as eleições de setembro serão realizadas sem que esteja vigente o estado de emergência, em vigor desde 1981 e cuja derrogação é reivindicada pelos grupos políticos egípcios.

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