20 de junho de 2012 | 10h20
De madrugada, a imprensa estatal havia noticiado que Mubarak, de 84 anos, havia sofrido um derrame cerebral (AVC) e que suas funções vitais eram mantidas com a ajuda de aparelhos.
Mubarak, que foi afastado do poder após o levante popular do ano passado e que cumpre prisão perpétua por não ter evitado a morte de manifestantes durante os protestos, foi transferido para um hospital militar. Ele se encontrava em um hospital penitenciário desde 2 de junho, quando foi condenado.
Sua esposa, Suzanne, o acompanha no hospital em Maadi, um subúrbio ao sul do Cairo, a capital egípcia. O estado de Mubarak é supervisionado por uma equipe de 15 médicos, de acordo com oficiais que não se identificaram por não terem autorização para falar com a mídia.
As notícias sobre o frágil estado de saúde de Mubarak vêm em meio a um grave impasse político no Egito. Os dois candidatos do disputado segundo turno da eleição presidencial, ocorrido no último fim de semana, afirmam ter vencido o pleito. Ao mesmo tempo, o conselho militar que assumiu após a deposição de Mubarak se movimenta para manter sua influência um pouco mais de uma semana antes de transferir o poder para um governo civil eleito.
No domingo, os generais que comandam o Egito destituíram o próximo presidente de várias atribuições num decreto anunciado logo após o encerramento das urnas. Com a decisão, os militares serão responsáveis pela elaboração de uma nova Constituição e assumirão o poder legislativo após uma decisão judicial que, na semana passada, dissolveu o Parlamento de maioria islâmica que havia sido eleito há cerca de seis meses. As informações são da Associated Press.
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