Mudança na equipe de Obama dá sinal de corte fiscal

Diretor da CIA, que assumirá o Pentágono, foi responsável pela redução do orçamento no governo Clinton

PUBLICIDADE

Por AP
Atualização:

Com a nomeação do diretor da CIA, Leon Panetta, como novo secretário de Defesa dos EUA e do comandante da guerra no Afeganistão, David Petraeus, para a direção da agência de inteligência, o presidente Barack Obama pretende garantir a continuidade em suas políticas diplomáticas e militares e aumentar os cortes de gastos no Pentágono.Segundo um membro do governo, na avaliação da Casa Branca, a equipe de segurança nacional fez um bom trabalho na organização da redução das operações dos EUA no Iraque e na ampliação do efetivo americano no Afeganistão. Os membros da equipe já administraram também as ocasionalmente tensas relações com o Paquistão e outros países. A opção de Obama por Panetta, que foi o encarregado do orçamento durante a presidência de Bill Clinton, sugere que o presidente enxerga o corte de gastos no Pentágono como um desafio mais árduo para o país do que as guerras no Afeganistão e no Iraque. O chefe do Pentágono, Robert Gates, que supervisionou uma reviravolta na guerra do Iraque em 2007 e obteve no ano passado a aprovação para o envio de mais soldados ao Afeganistão, é conhecido por acreditar que suas iniciativas para o corte de gastos são o traço mais importante do legado deixado por ele após mais de quatro anos no cargo. Gates foi capaz de obter US$ 400 bilhões em cortes no orçamento do Departamento de Defesa no período que corresponde aos próximos dez anos, e Obama pediu a ele que cortasse outros US$ 400 bilhões, tarefa que agora caberá a Panetta, caso sua nomeação para o cargo seja confirmada pelo Senado. Ainda não se sabe se as alterações na cúpula da equipe de Obama responsável pela segurança nacional terão algum efeito prático sobre a transição da tarefa de manter a segurança no Afeganistão para o governo de Hamid Karzai até o fim de 2014. As primeiras tropas devem deixar o Afeganistão em julho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.