
26 de outubro de 2009 | 09h12
Lacalle tem uma missão difícil pela frente, pois precisa obter quase todos os votos do terceiro colocado, Pedro Bordaberry, que obteve 17,5% até o momento. Ainda é prejudicado pela alta popularidade do atual presidente, na casa dos 60%. Lacalle quer reduzir impostos e promete reduzir também o tamanho do Estado. Ele se posiciona ainda como uma opção mais aberta ao diálogo, já que Mujica em alguns momentos deu declarações intempestivas.
Ex-guerrilheiro na época da ditadura uruguaia, Mujica é o candidato da Frente Ampla, coalizão de centro-esquerda do atual presidente, Tabaré Vázquez. Ele prometeu lutar por todos os 3,4 milhões de uruguaios, insistindo que a nação pode ser tornar uma espécie de Finlândia, com uma economia diversificada capaz de criar bons empregos e também de garantir direitos aos mais pobres.
A chapa governista tem na vice-presidência Danilo Astori, ex-ministro da Economia, que era o favorito de Tabaré para sucedê-lo. Astori, porém, perdeu as primárias partidárias para Mujica, mas os dois uniram forças na disputa nacional.
O vencedor em segundo turno assume em 1º de março. Dois referendos, um para responsabilizar militares por supostos crimes da ditadura (1973-85) e outro para que os uruguaios no exterior pudessem votar pelo correio, não conseguiram maioria para que os projetos fossem aprovados.
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