Mulher-bomba mata 40 e fere 80 peregrinos xiitas ao sul de Bagdá

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Por AP
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Uma mulher-bomba detonou ontem os explosivos que carregava em uma tenda onde peregrinos xiitas - a maior parte mulheres e crianças - descansavam, deixando pelo menos 40 mortos e 80 feridos. O ataque ocorreu na rota de peregrinação de Iskandariya, 40 quilômetros ao sul de Bagdá, durante o feriado xiita de Arbain. A explosão de ontem foi o terceiro ataque contra xiitas em três dias. Na quinta-feira, um atentado havia deixado oito mortos. Segundo especialistas, apesar de nenhum grupo ter reivindicado a autoria, os ataques têm a marca da Al-Qaeda e buscam intensificar a tensão sectária no Iraque. Desde 2007, confrontos entre sunitas e xiitas têm diminuído e a redistribuição de poder após as eleições provinciais do dia 1º acabou reintegrando grupos, sobretudo sunitas, antes marginalizados. Ataques de mulheres-bomba se intensificaram nos últimos meses no Iraque. Especialistas afirmam que as militantes, vestidas segundo os padrões islâmicos, têm mais facilidade de esconder os explosivos e não podem ser revistadas por soldados homens. No dia 3, o Exército iraquiano disse ter dado um duro golpe contra a insurgência ao prender uma mulher de 51 anos que teria recrutado mais de 80 mulheres-bomba. Samira Ahmed Jassim, ou Umm al-Mumineen ("Mãe dos Fiéis"), integrava o grupo Ansar al-Sunna.

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