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Mulher-bomba mata 45 e fere 100 no Paquistão

Vítimas buscavam doações de alimentos em centro de distribuição de ajuda humanitária; Exército mata 40 insurgentes em ação no norte do país

Por REUTERS e AP
Atualização:

Uma mulher-bomba matou ao menos 45 pessoas ao atacar um centro de distribuição de ajuda humanitária no noroeste do Paquistão. Mais de cem pessoas ficaram feridas no atentado na cidade de Khar, na região da fronteira com Afeganistão, bastião de militantes do Taleban e da Al-Qaeda.Aparentemente, é o primeiro ataque suicida feito por uma mulher no Paquistão. As vítimas vinham de várias partes da região tribal de Bajur, que diariamente vão ao centro para buscar alimentos distribuídos pelo Programa de Alimentação Mundial da ONU e por outras agências para quem vive em regiões de conflito. Essas pessoas foram deslocadas de suas residências por causa das ofensivas do Exército paquistanês contra os militantes do Taleban na região no início de 2009. A mulher, vestindo uma burca, primeiro deixou duas granadas no meio da multidão que aguardava em um posto de checagem do lado de fora do centro de distribuição e depois detonou os explosivos de seu colete. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado. A Província de Bajur tem servido como ponto fundamental de trânsito e esconderijo para militantes da Al-Qaeda e do Taleban. Os militares declararam vitória na região de Bajur uma primeira vez após seis meses de batalhas iniciadas no fim de 2009. Mas uma nova operação foi necessária no fim de janeiro deste ano e um mês depois os militares voltaram a declarar vitória contra os militantes. O atentado ocorreu no mesmo dia em que autoridades locais da região tribal de Mohmand, ao lado de Bajur e também próximo à fronteira com o Afeganistão, disseram que ao menos 40 militantes foram mortos após helicópteros atacarem os esconderijos dos insurgentes no segundo dia de intensos combates contra rebeldes islâmicos. O Exército informou que vários soldados morreram na ação.Na sexta-feira, 150 militantes atacaram cinco postos de segurança em Mohmand. Pelo menos 24 rebeldes e 11 soldados das forças paquistanesas morreram nos confrontos.

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