Mulher-bomba que não detonou explosivo será enforcada

Corte de cassação da Jordânia condenou terrorista iraquiana que falhou em ataque a hotéis de Amã, em novembro; atentados mataram 60 pessoas na capital

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Por Agencia Estado
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A Corte de Cassação da Jordânia, máxima instância judicial do país, confirmou a pena de morte na forca contra a mulher iraquiana que planejava um atentado suicida contra um hotel, mas que não conseguiu acionar o dispositivo de explosão. Três cúmplices de Sajida Mubarak al-Rishawi, entre eles seu marido, detonaram as cargas explosivas que levavam presas ao corpo em hotéis da capital, matando 60 pessoas na noite de 9 de novembro de 2005. Segundo fontes judiciais, o Tribunal de Cassação considerou que a sentença pronunciada em 21 de setembro pelo Tribunal de Segurança do Estado "está de acordo com o Direito". Rishawi, de 35 anos, foi considerada culpada de planejar atentados terroristas que causaram a morte de seres humanos. A iraquiana foi detida apenas dois dias depois do atentado. Ela confessou à televisão jordaniana que fazia parte de um comando suicida enviado pelo braço iraquiano da Al Qaeda, dirigida então pelo terrorista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi. Rishawi também confessou que sua intenção era se explodir junto a seu marido durante um casamento que era celebrado naquela noite no hotel Radisson SAS, mas o dispositivo de seu cinto de explosivos falhou no último momento. Junto a Rishawi foram julgadas outras sete pessoas à revelia, entre elas o próprio Zarqawi. A condenação à morte na forca não será aplicada até que o rei Abdullah II a ratifique pessoalmente, segundo a lei jordaniana.

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