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Mulher de 56 anos é 1ª a cruzar Atlântico a nado

Por Gustavo Nicoletta
Atualização:

A norte-americana Jennifer Figge, 56 anos, tornou-se a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico a nado - sonho que ela tinha desde o início da década de 1960 - após chegar a uma praia de Trinidad e Tobago na última quinta-feira (dia 5). Figge deixou as ilhas de Cabo Verde, na costa oeste da África, em 12 de janeiro. Durante o percurso, ela foi acompanhada por um barco e enfrentou ondas de até nove metros. Figge disse ter visto baleias, tartarugas marinhas, golfinhos, navios de batalha portugueses, mas nenhum tubarão. "Eu não fiquei assustada em momento algum", acrescentou. Segundo David Higdon, amigo de Figge que manteve contato com ela por meio de um telefone via satélite, a nadadora havia planejado encerrar o trajeto nas Bahamas, mas o tempo ruim forçou um desvio de 1.610 quilômetros até Trinidad. A travessia de Figge ocorre uma década depois de o nadador francês Benoit Lecomte ter completado a primeira travessia solo do Oceano Atlântico, percorrendo aproximadamente 6.400 quilômetros de Massachusetts (EUA) até a França em 73 dias. Nenhuma mulher havia tentado realizar algo semelhante até então. Figge pretende continuar a odisseia partindo de Trinidad e Tobago e nadando até as Ilhas Virgens britânicas, onde planeja chegar até o fim de fevereiro. A equipe não vai registrar a distância percorrida pela nadadora até que ela complete a viagem, disse Higdon. Figge pretende deixar a ilha de Chacachacare, em Trinidad e Tobago, amanhã à noite. Durante o trajeto, Figge acordava quase todos os dias às 7 horas da manhã, comia massas e batata assada e avaliava as condições climáticas junto com sua equipe. O maior tempo que ela passou nadando foi de oito horas, enquanto o menor foi de 21 minutos. Os integrantes da equipe a abasteciam com garrafas de bebidas energéticas conforme ela avançava; se o mar estivesse muito agitado, mergulhadores entregavam as garrafas pessoalmente. À noite, ela comia carne e pasta de amendoim, para recuperar as cerca de 8 mil calorias que perdia todos os dias. Figge usou touca e maiô vermelhos e uma camiseta velha assinada por amigos, parentes e por seu pai, que recentemente faleceu. Ela também levou a bordo do barco uma foto da norte-americana Gertrude Ederle, primeira mulher que cruzou a nado o Canal da Mancha. "Temos algumas coisas em comum", disse Figge. "Ela vestia uma touca vermelha e era descendente de alemães." As informações são de agências internacionais.

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