02 de setembro de 2017 | 16h04
CARACAS - A ativista de direitos humanos Lilian Tintori, mulher do líder oposirtor em prisão domiciliar Leopoldo López, afirmou neste sábado, 2, que foi impedida de sair do país e convocada para uma audiência judicial em razão do dinheiro encontrado em seu carro.
“A ditadura quer nos impedir de participar de uma turnê internacional muito importante”, tuitou Tintori, mostrando uma foto dela no aeroporto de Maiquetía, nos arredores de Caracas, segurando papéis que diziam que sua saída do país estava proibida, e seu passaporte, confiscado.
Lilian frequentemente viaja para fazer campanha contra o governo do presidente Nicolás Maduro e denunciar abusos de direitos humanos. Ela disse que sua programação envolvia encontrar líderes europeus, como Mariano Rajoy, da Espanha, Emmanuel Macron, da França, Angela Merkel, da Alemanha, e Theresa May, do Reino Unido.
Queda en evidencia por qué la dictadura monta ollas en mi contra: impedir que hable de la crisis humanitaria que vivimos en Venezuela. pic.twitter.com/dSQZMxQoWE — Lilian Tintori (@liliantintori) 2 de setembro de 2017
“Os embaixadores de Espanha, Alemanha e Itália me acompanharam, testemunharam o abuso da ditadura”, tuitou, com uma foto dos diplomatas no aeroporto.
Lilian, que está grávida de quatro meses, foi convocada a aparecer em uma corte de Caracas na terça-feira 5 para responder perguntas sobre mais de 200 milhões de bolívares em dinheiro encontrados pela polícia no seu carro. Isso equivale a quase US$ 11 mil na cotação do mercado negro. A opositora afirma que eram fundos pessoais para cobrir custos médicos para sua avó de 100 anos, que está hospitalizada.
Me acompañaron a la salida los embajadores de España, Alemania e Italia, testigos de este atropello de la dictadura pic.twitter.com/HwFloEH1TY — Lilian Tintori (@liliantintori) 2 de setembro de 2017
Opositores da Venezuela afirmam que o governo de Maduro intensificou a repressão contra os adversários este ano, enquanto oficiais afirmam que estão agindo para impedir tentativas de golpe violentas fomentadas pelos Estados Unidos e outras potências estrangeiras.
Não houve comentários imediatos feitos pelo governo sobre as declarações de Lilian no aeroporto. / REUTERS
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.